Akaer avança em projeto global que busca desvendar os mistérios dos neutrinos e sua relação com a origem do universo
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A Akaer concluiu a primeira etapa do desenvolvimento das plantas de purificação de argônio líquido que integram o DUNE (Deep Underground Neutrino Experiment), um dos maiores experimentos científicos em andamento no mundo.
Liderado pelo Fermilab, laboratório de física de partículas dos Estados Unidos, e coordenado pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE), o projeto busca desvendar mistérios fundamentais do universo por meio do estudo dos neutrinos, partículas subatômicas que podem ajudar a explicar a origem da matéria e a evolução do cosmos.
Em parceria com a Unicamp, que é a instituição líder do projeto no Brasil, a Akaer é a empresa integradora contratada para liderar o desenvolvimento de um sistema inédito de purificação e regeneração de Argônio Líquido, elemento essencial para a detecção dos neutrinos.

Primeira etapa concluída
Essa primeira etapa, que compreende a Revisão Crítica de Projeto (Critical Design Review – CDR), foi realizada no Fermilab, em Illinois, e também nas instalações subterrâneas localizadas a 1.500 metros de profundidade, em Dakota do Sul, local onde serão instaladas as plantas projetadas pela empresa.
“A participação da Akaer no DUNE representa um avanço para a ciência brasileira em um projeto de alcance global”, afirma Cesar Silva, CEO da Akaer. “O experimento combina desafios científicos, de engenharia e de gestão inéditos. Além de buscar respostas sobre a origem do universo, o conhecimento gerado poderá impulsionar novas aplicações tecnológicas em setores como saúde, energia e indústria.”
Avanço
Nesta fase, a Akaer concluiu 90% do projeto de uma das cinco plantas de purificação de argônio sob sua responsabilidade.
O CDR representa a avaliação técnica do projeto por especialistas do Fermilab e da Unicamp, validando se o sistema atende a todos os requisitos para a produção.
A presença da equipe brasileira nos Estados Unidos, compostas por pesquisadores da UNICAMP e representantes da Akaer, permitiu uma análise prática dos desafios a serem enfrentados nas instalações subterrâneas (caverna), como por exemplo, questões logísticas, operacionais e de instalação das plantas.
As próximas etapas conduzidas pela Akaer devem ser finalizadas em seis meses, com validação prevista durante visita de uma equipe do Fermilab ao Brasil.
Expertise nacional em destaque
Além do desenvolvimento de engenharia, a Akaer atua como empresa integradora da produção dos entregáveis relativos à contribuição brasileira ao sistema criogénido do detector longínquo do DUNE no Brasil.
Liderada pela Unicamp e pelo Fermilab, a empresa será responsável por:
-Coordenar o processo de seleção de fornecedores junto com Unicamp;
-Acompanhar o processo de fabricação das plantas visando a garantir a conformidade técnica de cada etapa;
-Gerenciar requisitos e assegurar a rastreabilidade de peças críticas;
-Oferecer suporte técnico a parceiros e fornecedores;
-Monitorar o progresso e reportar resultados ao Fermilab e à Unicamp;
-Supervisionar e certificar a entrega do sistema aos Estados Unidos;
-Apoiar a entrega do sistema nos Estados Unidos.
Essa atuação reflete mais de três décadas de experiência em projetos de alta complexidade e controle rigoroso de qualidade, um diferencial que reforça o papel da Akaer em projetos de alcance global.
Sobre o DUNE
Com investimento superior a US$ 3 bilhões, e mais de US$ 5 bilhões considerando os aportes internacionais, o DUNE reúne mais de 1.400 cientistas e engenheiros de 30 países, representando 200 instituições de pesquisa, incluindo o CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear).
O experimento prevê a instalação de um detector a 1.500 metros de profundidade em Dakota do Sul, capaz de captar neutrinos emitidos a partir de um feixe gerado no Fermilab, em Illinois, a 1.300 quilômetros de distância.
Esse detector ocupará uma caverna subterrânea equivalente a oito campos de futebol e conterá cerca de 70 mil toneladas de argônio líquido, que serão purificadas com os equipamentos produzidos, aplicando métodos inovadores desenvolvidos pelos pesquisadores brasileiros dentro desse projeto
O início das operações do DUNE está previsto para começo de 2029, um marco histórico para a ciência global.




